9 de abril de 2012

Refluxo no bebê

Refluxo é o termo usado quando o alimento que está no estômago volta até o esôfago, às vezes até a boca. O nome completo do problema é refluxo gastroesofágico. Para entender o refluxo, é preciso entender o diafragma, o músculo que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal do corpo, e que é importante para a respiração. Há um orifício nesse músculo, por onde passa o esôfago, que então se liga ao estômago. 
O esôfago fica dividido em duas porções: uma mais longa, no tórax, e outra bem mais curta, embaixo, na cavidade abdominal. É nesta última que se estabelece o mecanismo que funciona como uma válvula. Esse mecanismo é composto por vários elementos, e o mais importante deles é o esfíncter inferior do esôfago, composto por feixes de musculatura lisa, que permite o fechamento do esôfago, impedindo o refluxo (volta) do conteúdo do estômago. 
Também atuam nesse “isolamento”, entre outros, a roseta mucosa, feita de fibras elásticas que fecham a comunicação entre estômago e esôfago, e o ligamento frenoesofágico, que fixa o conjunto todo ao diafragma. Às vezes, porém, esse complexo mecanismo de válvula não funciona como deveria. É o que acontece durante a gravidez. Um dos motivos de as mulheres terem azia quando grávidas é que o bebê pressiona essa válvula, que permite a subida do ácido do estômago até o esôfago. 
O problema também acontece em bebês, mas no caso deles o motivo é que boa parte dos mecanismos descritos acima ainda não funciona completamente, principalmente o esfíncter inferior, que não está completamente maduro. Ao longo do primeiro ano do bebê, o esfíncter vai ficando cada vez mais forte, e diminui a propensão da criança ao refluxo. 
Cerca de 50 por cento de todos os bebês apresenta algum tipo de refluxo, mas apenas em uma pequena porcentagem ele se torna um problema sério. Aos 10 meses, somente cerca de 5 por cento dos bebês ainda sofre com o refluxo. 
Quais são os sintomas? 
O bebê pode regurgitar um pouco de leite depois de mamar ou ter soluço. Pode ser que às vezes ele tussa depois de regurgitar, como se o leite tivesse entrado pelo “buraco errado”. Isso tudo é normal e esperado, por isso, se seu filho não tiver nenhum outro sintoma, não há com o que se preocupar. 
Só mantenha uma fraldinha ou paninho de boca sempre à mão para emergências, e não se esqueça de colocar uma blusa extra para você na sacola do bebê, para o caso de um “acidente”. 
Tanto bebês que mamam no peito quanto bebês que tomam fórmula em pó podem regurgitar ou ter refluxo. 
Preciso falar com o médico?
Você deve conversar com o pediatra sobre as regurgitações:

• se seu bebê parecer não estar ganhando peso
• se o bebê chorar muito sempre depois de mamar
• se ele estiver vomitando com muita frequência
• se ele começar a ter muita tosse
• se ele ficar irritado, curvando-se para trás, depois de mamar 
Vale a pena tentar algumas medidas simples para ver se o problema melhora, como manter o bebê em posição ereta por 20 minutos depois de cada mamada e elevar um pouco a cabeceira do berço. 
Outra estratégia é aumentar a frequência das mamadas para diminuir a quantidade de leite em cada uma delas — às vezes os bebês mamam demais de uma vez só, o que acaba provocando vômitos. 
Existe algum outro tratamento? 
Nos casos mais graves, o pediatra pode receitar antiácidos, medicamentos anti-refluxo, produtos para engrossar um pouco o leite ou fórmulas anti-refluxo já prontas. Só use esse tipo de tratamento sob a orientação do médico. Talvez o pediatra prefira encaminhar o bebê para um gastroenterologista, que possa prescrever outros tipos de medicamentos. 
Crianças só são tratadas quando o refluxo realmente atrapalha a vida delas. Existem bebês que simplesmente regurgitam mais que os outros, mas não têm nenhum outro desconforto e se desenvolvem normalmente. Nesse caso, o tratamento não é necessário. Como é feito o diagnóstico? 
O diagnóstico pode ser apenas clínico, ou seja, baseado no exame físico do bebê e na descrição dos sintomas. Existem outros exames para investigar o refluxo, como um raio-X do sistema digestivo (o bebê precisa tomar um contraste). 
O refluxo é grave? 
A maioria dos bebês se cura naturalmente do refluxo com até 1 ano, à medida que o músculo do esfíncter vai se fortalecendo. Mas isso não quer dizer que o problema não seja sério. 
É importante acompanhar atentamente o ganho de peso de bebês com refluxo. Alguns bebês não engordam o suficiente porque não conseguem manter muito leite no estômago, e outros acabam perdendo o apetite por causa do desconforto causado pelo ácido. 
Existe também o risco de desenvolver esofagite, uma inflamação da mucosa do esôfago, que pode ser persistente e provocar problemas mais sérios no futuro. 
Se a regurgitação ou o vômito entrarem no sistema respiratório, o bebê pode adquirir problemas como pneumonia, tosse persistente à noite, sinusite (em crianças maiores) ou otite, por isso é bom ficar de olho em sinais dessas doenças. O ácido estomacal também pode prejudicar o esmalte dos dentes da criança. 
Em casos raros, o conteúdo gástrico não chega a sair na forma de regurgitação, mas fica entrando nas vias respiratórias, causando problemas. Por esse motivo, no caso de infecções respiratórias recorrentes ou tosse, a possibilidade de refluxo deve ser levada em conta. 
Mais que tudo, o refluxo pode dificultar muito a vida da família toda, pois os pais não conseguem aliviar o desconforto da criança, além de terem de lidar com o estresse de alimentá-la e mantê-la limpa. O consolo é lembrar que o refluxo vai embora sozinho, e um dia a choradeira, o cheiro de azedo e as constantes fraldinhas sujas serão só uma lembrança distante no seu passado.

29 de março de 2012

Yoga para gestantes


A perspectiva de dar à luz um bebê e ser capaz de tê-lo protegido na barriga durante a gravidez é um sentimento maravilhoso.
O Yoga Pré-Natal permite que as mães cuidem de seu corpo, sua mente, e se preparem de forma descontraída para o parto. Este exercício, que harmoniza o corpo e a mente, também alivia problemas comuns durante a gravidez, tais como inchaço, dor nas costas e pernas e permite manter a elasticidade do corpo.
A prática de atividades leves é uma das recomendações da maioria dos ginecologistas. Por este motivo e por seus inúmeros benefícios o Yoga tem atraido cada vez mais mulheres durante a gravidez.
O Yoga também irá lhe ajudar a se adaptar as mudanças e transformações físicas e emocionais que acontecerão durante a gravidez e com a chegada do bebê.
Benefícios do Yoga Pré-Natal
O Yoga Pré-Natal pode ajudar você a manter uma ótima saúde ótima em toda a sua gravidez e ajudá-la a se preparar física e mentalmente para o nascimento de seu bebê. As técnicas de relaxamento e respiração ajudam a se preparar para o trabalho de parto permitindo que mantenha a calma e o controle. Os Asanas(posturas) também auxiliam na chegada do bebê fortalecendo os músculos pélvicos, além de manter suas articulações flexíveis, fortalecer o sistema muscular, estimular a circulação e retorno venoso das pernas. 
Conheça alguns dos benefícios do Yoga durante a gravidez:
  • Proporciona e mantém a elasticidade do corpo;
  • Fortalece a musculatura;
  • Aumenta as chances de parto natural e rápida recuperação;
  • Fortalece a musculatura pélvica auxiliando no trabalho de parto;
  • Relaxa a mente ajudando a manter a calma e o equilíbrio;
  • Ajuda a melhorar a respiração;
  • Combate a ansiedade;
  • Fortalece a coluna;
  • Ajuda para resolver problemas comuns na gravidez como, inchaço nas pernas, dor nas costas, etc;
  • Fornece mais segurança para a futura mamãe;
  • Melhora o humor;
  • Ajuda na digestão;
  • Ajuda a melhorar o sono;
  • Combate a fadiga e alivia o stress.

Além disso, as aulas de Yoga serão uma excelente oportunidade para conhecer outras mães, trocar informações, experiências sobre a gravidez, sobre o parto e cuidados do bebê.
Por Cassia Parmeggiani
www.pequenosyogis.com.br 

27 de março de 2012

Nasceu Valentina! E meu primeiro acompanhamento como Doula.

A minha primeira doulanda teve nenén dia 13/12/2011. Apesar do parto ter sido um pouco de risco já que a gestação ainda estava na 32ª semana e a DPP dela era pro dia 15 de janeiro. Mas por incrível que pareça a nenén nasceu super saudável pesando 3.262 gramas e medindo 42 centímetros, nasceu de parto cesária pois os batimentos cardíacos dela estavam muito alterados mas graças a Deus não foi nada.
Acompanhei a Tainá desde das 12 semanas, foi um acompanhamento á distância já que ela mora em BH. Mas conversávamos todos os dias pelo msn e telefone, e ontem quando o tampão mucoso dela se soltou ela me avisou liguei para ela e fiquei quase duas horas no telefone acalmando-a e passando alguns procedimentos pra ela fazer pra aliviar as dores das contrações. .
Em todos os momentos em que eu conversava com ela, ela me agradecia por tudo: Obrigada amiga! Vc está sendo essencial pra mim. E isso não tem preço.
Me sentia especial, me sentia sei lá rs....sentia uma paz muito grande por poder estar ajudando. Só não me senti 100% feliz porque não estava do lado dela.
Ela estava com muito medo e esse medo estava fazendo ela sentir muita dor. Ela queria muito ter parto normal, mas eu sabia que poderia não ser possível e já fui conversando com ela sobre a possibilidade de se fazer uma cesária.
Claro, que eu queria que ela tivesse o parto normal, mas a situação que se passava era cesária na certa: As contrações dela não se regulavam mesmo com todas as recomendações que eu passei, a nenén sem mexer há muito tempo e ela perdendo liquido...imaginei que teria algo errado. E o pior, o médico dela é aquele tipo médico cesarista que qualquer motivo é usado como desculpa pra fazer cesária. Triste!
Depois de todo o procedimento feito e das coisas não terem progredido pedi que ela fosse na maternidade checar os batimentos da bebê e me ligasse de lá. Ela tava com muuuuiiitaa dor e como ela me descrevia não parecia contrações, estava estranho. Porque contrações vão e voltam e duram cerca de 1 minuto. As dela iam e viam mas duravam 3,4 minutos. Tipo cólica bem forte no pé da barriga.
Ela foi e me ligou, ela estava em trabalho de parto e estava com 3 cm de dilatação, ia internar porque os batimentos da nenén não estavam normais ia ficar em observação e se não progredisse ia fazer a cesária. Conversei muito com ela pois ela estava nervosa, imagine! A nenén decidir nascer assim de uma hora pra outra e as malas da maternidade nem estavam 100% prontas eu que a ajudei fazer pelo cel mesmo.
Os seios rachados e muito cheios...indiquei uma pomada pra ela usar.
Isso era umas 11 da noite, falei que ia dormir e que ela me ligasse quando precisasse.
1 e meia da manhã ela me liga dizendo que tinha nascido e que estava tudo bem, que era ela linda, cabeluda, parecia uma boneca...do jeito que ela sonhava. o parto não foi o que ela queria mas foi importante pra saúde da bebê, e isso é o que importa.
e eu? Chorei né minha gente! rs.
Vc fica tão ligada que parece que é com vc rs.
Eu estou feliz, me sentindo realizada. E ainda fui convidada pra ser madrinha da Valentina, tem como não morrer de felicidade??
Hoje de manhã liguei pra ela novamente e ela disse que a nenén estava dormindo e que estava com dificuldades para amamentar, a nenén não pegava o seio direito e toda vez a enfermeira tem que ajudar ela...e ainda por cima os seios rachados... conversei mais ainda pra ela não desanimar e nem pensar em desistir de amamentar porque isso vai passar! Tem que insistir mesmo doendo porque é o melhor pra bebê.
Sei que o pós parto é complicado, vem as dores da cesária, mas a dificuldade com a amamentação e sem contar na montanha russa de hormônios né? É tudo muito novo, muita novidade pra uma pessoa só.
Mas estarei aqui pra tudo que ela precisar.

E obrigada senhor por me permitir participar desse momento e por mostrar cada dia mais o que eu quero pra minha vida.

Experiencia única né? E olha que eu nem acompanhei de perto já foi assim tão intenso, imaginem quando eu acompanhar o primeiro parto? SUSPIROS

#Felizdemais :D
 

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